Desde que a tecnologia começou a tomar proporções capazes de quebrar a barreira entre a realidade e a simulação, fomos surpreendidos com diferentes mudanças no nosso cotidiano. Uma delas, que mais tem sido debatida, é a otimização das tarefas, principalmente pelo uso dos programas de Inteligência Artificial.

Não é novidade a introdução de máquinas para automatizar trabalhos manuais em fábricas, assim como aparelhos de touch screen para fazer o pedido em alguns restaurantes. Aos poucos, a tecnologia avançou para tornar a vida mais prática.

Um pequeno passo para o homem e um grande salto para a Inteligência Artificial 

Quem lembra dos primórdios dos softwares de Inteligência Artificial? As primeiras imagens geradas por prompts beiravam ao surrealismo, por vezes. Humanos com partes a mais do corpo, objetos sem contexto se moldando com a paisagem e animais sorrindo eram o melhor que as plataformas conseguiam reproduzir.

E os primeiros vídeos também não passam longe da qualidade. Há dois anos atrás, o comercial de 30 segundos de uma marca de cerveja parecia um sonho psicodélico. A máquina não conseguia fazer muito além de tentar reproduzir expressões faciais, embora exageradas.

Os usuários costumavam achar graça dos resultados, as plataformas majoritariamente eram usadas para piadas, coisas bobas. Mas talvez tenhamos esquecido que todo o início é meio feio e cheio de falhas, por isso estamos sendo surpreendidos com os rápidos avanços. 

Atualmente, softwares de IA já são ferramentas tão eficientes quanto o serviço humano. É um uso cotidiano, uma nova realidade. Nos acostumamos a usar o Chat Gpt para automatizar textos, o Gemini na ferramenta de pesquisa do Google para resumir as respostas, gerador de imagens moldadas por nós.

O maior salto, porém, está acontecendo diante de nossos olhos. O uso da IA está se ampliando cada vez mais. Saímos de tarefas básicas para trabalhos humanos, como podemos ver na área da criação e publicidade.

Algumas marcas optaram pela praticidade e baixo custo das plataformas de IA nas campanhas de marketing. Ao invés de contratar uma equipe para os materiais visuais, tudo foi feito por um software. 

O comercial da Puma também nos traz uma comparação àquele mencionado anteriormente, da marca de cerveja. A agência treinou e direcionou diferentes grupos de agentes de IA para cada tarefa na criação do vídeo de 30 segundos, e o monitoramento foi a única interferência humana.

Embora possua erros sutis, a qualidade visual saiu de algo um tanto esquisito e superficial para uma cinematografia bem elaborada.

Isso não significa que seremos substituídos

A Inteligência Artificial é puramente uma ferramenta. Portanto, é necessário mãos humanas para ser utilizada. É um algoritmo que constantemente precisa ser alimentado e moldado. Afinal, é uma máquina, não um ser autônomo. 

As plataformas não são automáticas, mas condizem com a capacidade do usuário de entendê-las. Se você escrever qualquer coisa para a máquina fazer, o resultado não será tão agradável. Ela optará por uma resposta mais básica, rasa e padronizada. 

Usá-la como um utensílio para otimizar processos é a perspectiva ideal. Assim, não haverá a dependência de um software para pensar por você, mantendo a qualidade do seu trabalho e a autenticidade — até o momento, algo impossível de ser substituído é a criatividade humana, né?  A IA pode ser uma ótima aliada, quando usada da forma correta. 

Você já está acostumado com as plataformas de automatização?