Fim de ano chegando, virada de calendário e tem muita coisa nova para ver, testar, experimentar e fazer logo ali em 2018. Perspectivas é o que não faltam no caminho. Por isso, a Quater acionou o periscópio para ver o que o portal Trendwatching listou como tendências para 2018. Dá só uma olhada:
1) A-Commerce: Depois do e-commerce e do m-commerce, a nova aposta é no a-commerce: automatização, através de algoritmos, de todo o processo de pesquisa, negociação, compra e entrega de produtos. Temos este artigo bem interessante mostrando algumas consequências da Inteligência Artificial no varejo.
2) Assisted Development: Millenials, crise econômica e diversidade de gêneros. São apenas alguns dos fatores que constituem o consumidor pós-demográfico, que vai muito além de sua idade, gênero e renda mensal. Estes pontos alteram diversas noções, um deles sendo a vida adulta.
Consumidores buscam, nas marcas, ajuda para se desenvolverem como pessoas e moldarem a sua maturidade sem encaixá-la em um modelo pré-pronto e antiquado.
Um exemplo bacana de quem já faz isso é a Loftium, empresa que facilita bastante a aquisição de uma casa própria com entrada muito abaixo das praticadas pelo mercado. Em contrapartida, a empresa pede que os novos proprietários listem um quarto no Airbnb por 3 anos e divida com a Loftium os ganhos deste aluguel.
3) Virtual Companions: A previsão é que, em 2018, a humanidade dê os primeiros passos na evolução dos assistentes virtuais, como a Siri. Em vez de perguntas triviais, poderemos ter conversas significativas em busca de educação, entretenimento, saúde e muito mais.
Isso é respaldado pela previsão da Gartner, que diz que em 2020 teremos mais conversas com nossos Companheiros Virtuais do que com nossos cônjuges (!) e pelo fato da Apple estar contratando engenheiros de software com com conhecimento em psicologia para ajudar a Siri a ter diálogos mais profundas.
4) Forgiving by Design: A ideia aqui é que as marcas, cada vez mais, sejam compreensivas com os seus compradores. As pessoas estão cada vez mais volúveis e cabe às marcas perdoar suas decisões passadas (compras) se elas não são compatíveis com o futuro desta pessoa.
Quem já faz isso é a Ryu, companhia canadense de roupas esportivas. A marca ofereceu 50% de descontos para compradores que perderam peso ou ganharam massa muscular no último ano. Basta devolver a peça que não serve mais e escolher outra semelhante.
5) Glass Box Wrecking Balls: O TrendWatching já vinha falando sobre as marcas que são como caixas de vidros: os consumidores podem ver tudo dentro delas, desde processos até valores não comunicados. Uma mudança graças a um mundo conectado. No entanto, esse mesmo mundo conecta liga pessoas, que cada vez mais se unem e fortalecem para expôr atos nocivos (vide os diversos escândalos de abuso sexual em Hollywood).
A pergunta que fica é: existe algum perigo de a sua caixa de vidro ser quebrada? E se sim, como responder a isso? Tivemos o exemplo da Uber, cujo CEO renunciou depois de ser acusado de assédio sexual.
E então, como essas tendências podem inspirar sua marca? É possível adaptar o seu e-commerce para virar um a-commerce? Como seria criar um chatbot como companheiro virtual para nossos clientes? O que pode ser repensado internamente para que a sua marca seja mais compreensiva com os erros dos clientes?
Essas e outras provocações são fundamentais para começarmos a pensar em 2018. Vamos fazer isso juntos?
Matheus Guareschi
Estrategista de Marca
matheus@quater.rs
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